Você já percebeu que quando você se sente insatisfeito com algo em você, é porque você tem um parâmetro do que é “bom”? Você se acha feia, porque definiu o que é bonito. Também comparamos o tempo das pessoas. “Sou solteirona, porque minhas amigas tem um namorado”. “Estou atrasada na minha vida”.

Nos comparar negativamente só nos leva a inveja, descontentamento e auto-depravação. Da mesma forma que nos comparar positivamente – “sou melhor que fulano nesse aspecto” – só gera orgulho e arrogância.

Não é fácil crescer vendo alguns padrões. Eu mesma, quando usava aparelho nos dentes, não gostava de sorrir! Ninguém reparava no meu aparelho, mas ver a representação de mulheres com sorrisões, me falava que eu não tinha o sorriso bonito.

E talvez seu ponto fraco seja ver a altura, o peso, o sorriso, ou o cabelo. Caímos naquele “O que ela tem que eu não tenho”? E a resposta é: ela é diferente.

Vamos falar sobre plantas. Você acha justo que eu compare uma margarida a um cactos, pela capacidade de sobreviver ao deserto?

Cactos tem espinhos e reserva de água, o que faz deles bem tolerantes ao sol. Margaridas tem o caule praticamente composto por água, e se você não regar, ela murcha. Mas um cacto é muito fofo, e uma margarida certamente é bela. Mas ambas plantas foram feitas para locais diferentes! (Diga isso a minha mãe que cultiva de tudo aqui em casa hahahah)

Talvez você seja um cacto. Nasceu e cresceu em um contexto bem diferente das margaridas por aí. Talvez você seja um cravo, uma costela-de-adão ou uma begônia. Todas juntas criam um belo jardim. Mas se uma decidir não crescer – porque a plantinha do lado está crescendo e parece ser mais verde – o jardim se torna menor e nem tão alegre assim.

Nós somos diferentes e alguns dias você vai se amar mais que os outros. O que você precisa saber é que Deus te ama em todos os dias. E que para ele, não existem margaridas e cactos. Existem filhos e filhas. (Gálatas 3:28)

Que sua oração seja: “Senhor, me ajude a me aceitar como eu sou. Eu levo meus defeitos a você, ao invés de esconde-los”.

Leia o segundo texto da série amor-próprio: Em meio a tantos rostos, o espelho de Deus vê o coração.







Nasceu em 93. Faz doutorado em Biologia. Apaixonada por livros, desenhos e animais. Idealizadora do @faleicomamor.