Fique com alguém que você aceite. Aceitar não quer dizer que você deve ser permissivo com aquilo que te faz mal. Significa que você deve analisar bem aquilo que você está disposto a tolerar e aceitar em um relacionamento. Muitas pessoas namoram e ATÉ se casam com a falsa ideia de que o outro irá mudar. Eu acredito e muito, na mudança do ser humano. Mas também acredito, por outro lado, que essa mudança não acontece do dia pra noite e que não é um relacionamento que irá fazer esse milagre todo. Precisamos nos libertar da ideia de que somos o “Salvador da pátria” na vida do outro. De que, devemos suportar todas as atitudes que nos causam dor porque podemos ajudar o outro a melhorar e mudar em algum momento. Não vamos.
O que quero dizer é: preste bem atenção no que você não tolera e não admite em alguém. Se você detesta mentiras ou vícios, por exemplo, não se case com alguém que minta na ilusão de achar que com o casamento, o namoro, ou até mesmo o amor irá proporcionar essa mudança. Eu poderia ficar horas aqui descrevendo coisas que você, possivelmente, não tolera, mas essa reflexão eu deixo pra você mesmo. Tudo o que quero dizer é: não tolere o que te faz mal e pese bem aquilo que você deseja em alguém. Sem idealizações mas também sem migalhas. Casamento e namoro não salvam ninguém e nem mudam. Com a convivência os defeitos e as coisas que nos incomodam no outro tendem a se realçar cada vez mais. E aí vem as cobranças, o desgaste no relacionamento, as brigas… Preste atenção no namoro porque o casamento não irá ser uma fórmula mágica que simplesmente irá transformar essa pessoa. Case com alguém que você aceite. Seja a toalha molhada em cima da cama, o jeito desorganizado e por aí vai. Tudo isso evita uma série de problemas que possam emergir no casamento.
Nunca saberemos tudo sobre o outro, mas o namoro já nos dá um bom indício se teremos um casamento de paz ou não. Não caia na ilusão de achar que o amor é suficiente para mudar alguém. Pode até ser, mas vejo muita gente sofrendo por isso. Esperando que o outro deixe de ser isso ou aquilo. Sofrendo, chorando com atitudes que só machucam e o outro não faz questão alguma de mudar.

 

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Psicóloga, 25, é aquela que escuta mil vezes a mesma música e tem a risada escandalosa. Não dispensa um sorvete e adora um pastel de feira com muito catupiry, mesmo sendo intolerante a lactose. Encontra paz na oração e vê amor nos pequenos detalhes.