Oi. Eu sou a Gábi. Eu sou filha única. E hoje vim falar feminilidade, e sobre meu pai.

Meu pai me criou menina-moleca. Eu passei grande parte da infância empinando pipa. Eu tenho um carrinho de controle remoto. Quando eu tinha uns 11 anos, levei uma bronca porque tinha me jogado de bicicleta na terra, e brincado a tarde toda. E estava coberta de lama hahahaha

Todos os anos eu ia para “jogos da amizade” no colégio jogar vôlei e futsal! Tive a fase das bonecas, mas da adolescência para cá, foi a fase da bola. Adoro uma bola na mão e subir em árvores. Faço crossfit! Se você me ver pulando corda, você não acredita hahaha (isso eu faço suuuper bem!)

Meu pai nunca deixou de jogar bola para mim por medo de eu não ser feminina. Pelo contrário, até hoje temos uma cesta de basquete na garagem. Aprendi a jogar bolinha de gude, e ainda tenho minha coleção.

Meu pai levou uma aranha caranguejeira para casa para eu conhecer, e foi assim que a Jurema morou 11 anos com a gente (obrigada por me incentivar a ser bióloga).

Frases como “senta igual menina” não foram presentes no vocabulário dele. Mas sempre tive a frase “seja de Jesus”.

Todas as energias dele foram para que eu conhecesse a Cristo. E nunca para que eu fosse uma moça com a feminilidade acentuada.

Se você me encontrar na rua, você vai se encontrar com uma mulher de cabelos soltos e despenteados a maioria das vezes, camiseta, calça legging e tênis.

Mas Jesus está no meu coração.

Eu abri meu coração aqui porque muitas vezes mulheres chegaram para mim com questões, perguntando em COMO eu poderia ser extrovertida e mesmo assim gostarem de mim.

Como eu poderia ter a risada alta, e ter um humor acentuado, e ninguém mandar eu “ser mais como menina”.

Acontece que ter Jesus em minha vida me ensinou que como menina eu posso ser mulher de oração, mulher de fé, mulher de testemunho. Eu posso ser Rute, Joquebede, Ana, Sara, Maria… eu posso ser a Gabriele que Ele me chamou para ser.

Uma vez que Cristo vive em mim, o que importa é que eu seja revestida DELE.

E meu jeito menina-moleca não me atrapalha nisso. É com meu jeito menina-moleca que tenho falado de Cristo.

Papai, obrigada.

Photo by Mathilde Langevin on Unsplash

 







Nasceu em 93. Faz doutorado em Biologia. Apaixonada por livros, desenhos e animais. Idealizadora do @faleicomamor.