Arrisco dizer que meu corpo goste mais de você do que de mim. Quero dizer, quando meus olhos te vêem chegando toda a loucura começa e meu corpo não obedece mais aos meus próprios comandos.

Eles, os fofoqueiros dizem ao coração: “Hey coração, acorde! Ele está vindo.” e o coração todo oferecido já começa a saltitar de alegria. Ele, o coração, é inconveniente, e com toda a euforia que faz, acaba por acordar também meu estômago que grita de alegria e acaba por agitar todas as borboletas que habitam ali. As borboletas, por fazerem cocegas em mim, fazem com que brote em meu rosto o tonto do sorriso, que ama se exibir para você.

Quando você me abraça, meu coração beija o teu, e quando se separam…ah, mas haja paciência para ele todo apaixonado fazendo festa aqui dentro. As borboletas do estômago vêem a luz que entra em mim quando o sorriso se abre para você como uma janela e tentam fugir. É como se entalassem na garganta fazendo com que nenhuma palavra tenha espaço para sair.

É como se fosse uma rebelião dentro de mim, de tudo em mim querendo correr e e se juntar a tudo em você. E o cérebro? Pobrezinho do cérebro. No momento em que tudo isso acontece, ele se assusta e desmaia. Parece que perde completamente o controle de tudo.

Eu não sei em que momento isso tudo começou, mas você me ganhou, e tudo que há em mim, quer estar junto de tudo que há em você.







Por fora, 22 anos, por dentro, uma eterna criança. Teimosa, chata, peculiar e mimada. Moro em uma cidade do interior de São Paulo chamada Ribeirão Preto, mas na verdade só estou aqui de passagem, pois pertenço, inegociavelmente, ao céu. Vivo olhando para o alto com cara de apaixonada como quem olha com admiração para um retrato de casa. Acredito, sobretudo, no amor, em especial, no amor de um Deus, soberano e majestoso que, mesmo sem eu merecer, me chama de Filha.