Quantas vezes você já deixou de mandar mensagem, pedir perdão, ajuda, etc., por causa do orgulho? Aliás, quantas vezes já fizeram isso com você? Inevitavelmente, pensará nos momentos ruins em que, ao invés do perdão, deixou a raiva tomar conta, não respondeu aquela mensagem de alguém que, ainda que falha, lhe amava.
Além de ser ruim para as pessoas que estão à sua volta, também é para a sua vida espiritual. O orgulho, nas palavras do C. S. Lewis, “é um câncer espiritual: ele corrói a possibilidade mesma do amor, do contentamento e até do bom senso”.
Se você ceder, ele tirará de você pessoas que lhe amam, sobretudo num relacionamento, onde a pessoa estará ao seu lado mais do qualquer outra e, vez ou outra, você irá magoá-la. Ao invés de pedir perdão, justificará seus atos errados. Dirá que foi por causa do momento ruim, do estresse, etc. Terá sempre uma justificativa.
Lewis nos trouxe à tona algo interessante. Quando você acertar, diz ele, atribuirá isso a si mesmo, dizendo-se ser uma boa pessoa. Quando errar, por outro lado, terceirizará a culpa. Somos assim. Não à toa, Jesus diz que devemos renunciar. Devemos, portanto, morrer. Morrer para o orgulho. Morrer para a concupiscência da carne. Morrer para nós mesmos, enfim.
Lembre-se que é preferível morrer para si a deixar escapar um relacionamento, não só com as pessoas, mas, acima de tudo, com Deus. Difícil, assumo, uma luta diária, mas completamente necessário.
Digo isso para todos, inclusive para mim. E se, por acaso, você se julga bastante humilde, tome cuidado. Como disse William Law: “Você não pode ter sinal maior de orgulho crônico que no momento em que se julga bastante humilde.”
Por fim, não hesite em mandar aquela mensagem ou responder, não hesite em perdoar ou pedir perdão. Deus nos amou e perdoou, ainda que não merecêssemos. Ou seja, devemos perdoar e deixar o orgulho de lado, mesmo que a pessoa não mereça. Assim, não só o seu relacionamento com alguém, mas tudo melhorará.
Autor: Bruno Lalli.