Já ouvi por várias vezes pessoas dizendo que amar é um ato de coragem. Confesso que inicialmente não entendia o motivo de dizerem algo que ao meu ver soa de uma forma tão “radical”. Quero dizer, na minha ideologia, para amar bastaria ter um coração, mas com o passar do tempo, pude perceber que não é bem por aí.
Amar é abrir mão de si todos os dias por pessoas que talvez nem te valorizem tanto quanto você as valoriza. É guardar a tua dor num potinho e cuidar da dor do outro, é tirar forças em meio a toda tempestade que está em você para dizer ao outro que vai ficar tudo bem (e você realmente crê que vai).
O amor dói e confesso que precisei de tempo para descobrir isso. Na verdade, o tempo que gastei foi para entender a diferença entre o gostar e o amar. Não escolhemos gostar de alguém; isso é algo involuntário, mas, escolhemos amar.
A pior descoberta que fiz sobre o amor até hoje, é que ele é livre. Quando amamos alguém, não podemos guardar a pessoa no quartinho dos nossos achismos. Quando realmente escolhemos amar alguém, deixamos com que ela faça suas próprias escolhas. Escolhas essas que muitas vezes, irão machucá-las.
Aliás, aprendi que não podemos privar ninguém da dor e na verdade, nem devemos.
A dor traz em dias o crescimento que a felicidade não traz em anos. Infelizmente!
Se você ama alguém, permita que a pessoa erre, rale os joelhos e parta o coração.
Quero adiantar que isso vai doer mais em você do que na pessoa amada, mas ore por ela e espere. Deus só entra em corações partidos.
Ofereça-lhe seus abraços, atenção, carinho, cuidado e tempo; respire fundo e por fim, ame. Porque o amor é no final de tudo, um ato de coragem.