Eu tenho notado uma postura contraditória por parte da maioria das pessoas com as quais, de alguma forma, tenho contato. Recebo, diariamente, centenas de desabafos em minhas redes sociais, este texto foi inspirado neles.
No geral, as pessoas estão ávidas por um relacionamento gratificante. Em contrapartida, elas se comportam de forma contrária ao que dizem desejar. Elas não movem um dedo para fazerem a diferença quando iniciam um vínculo. Estão tão preocupadas em se protegerem que acabam se protegendo, também, do que pode ser maravilhoso.
Elas se engessam dentro de uma suposta autoproteção que acaba desestimulando um(a) possível parceiro(a) que esteja disposto a compartilhar o que tem de melhor. Acredite, existem muitas pessoas bacanas interessadas em se relacionar, mas não encontram terreno fértil para investir.
As pessoas preferem acreditar nessa crença tóxica de que “homens/mulheres são todos(as) iguais”. Toda generalização é injusta e burra, eu acho. Para um homem afirmar que todas as mulheres são iguais, ele teria que ter se relacionado com todas elas, e isso é humanamente impossível. O mesmo se aplica às mulheres que nutrem essa crença em relação aos homens.
Eu vejo pessoas se relacionando com o freio de mão puxado; elas nunca se mostram de verdade. Ficam duas pessoas trocando migalhas, fazendo dieta de algo que poderia ser um banquete. Dois medrosos retendo demonstração de afeto. Para piorar, ainda insistem em fazer aqueles malditos joguinhos psicológicos, disputando sobre quem se importa menos; sobre quem pode ferrar mais o emocional do outro.
Seria mais inteligente se as pessoas se mostrassem com autenticidade desde o início. Se isso vai assustar o outro, melhor ainda, porque assim, ninguém perde tempo com ninguém. Eu me refiro à coragem de mostrar a que veio, de deixar transparecer o que se quer de um relacionamento e oferecer exatamente aquilo que deseja receber. Caso não haja reciprocidade, retire o seu time de campo, proteja-se.
Contudo, fica complicado esperar que o outro lhe ofereça um mar de sentimentos enquanto você se trava todo(a), sempre na defensiva na hora de ofertar algo que o outro adoraria receber.
O amor é coisa para quem tem coragem mesmo, entende?
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