Não entendo o jogo de desinteresse. Não vejo beleza na imaturidade de quem precisa demonstrar sentir menos.  Não vejo charme em quem tenta a todo custo parecer desinteressado. Eu gosto de gente transparente, de quem não tem medo de assumir o que sente. Não vejo graça em quem faz pose pra não deixar transparecer o que sente, de quem faz joguinhos e some como quem quer fazer chame. Gosto de gente doida, dessas que não tem medo de ser o que são, de quem não veste máscaras para impressionar. Gosto de gente que sabe amar.

Bonito é quem demonstra e se deixa transbordar. Bonito é quem fica, quem não tem medo de assumir os sentimentos e quem encara uma vida a dois sem medo do que tenha que deixar para trás. Charmoso é quem não promete, mas cumpre. Quem não fala, mas faz. Quem tem atitudes e nos conquista com o seu jeito corajoso de encarar a vida.

Gosto mesmo de quem mergulha em histórias de amor e não de quem vive na superficialidade. Amores rasos não me deixam mergulhar e eu quero alguém não para me completar e sim para transbordar. Interessante  mesmo é o papo que fica depois da meia noite e faz a gente perder a noção da hora, é quem nos faz sentir além de uma mera atração física. Atraente é sentir admiração pelo jeito como o outro trata as pessoas, pela forma como lida com os problemas e de como não esconde os sentimentos a todo custo. Fingir desinteresse definitivamente não te torna interessante porque no amor não se pode viver de hipóteses, dúvidas e migalhas. No amor a gente quer ter a certeza e essa certeza sim é que nos interessa. Bonito não é quem esconde o que sente, mas quem sabe fazer o outro sentir-se amado.







Psicóloga, 25, é aquela que escuta mil vezes a mesma música e tem a risada escandalosa. Não dispensa um sorvete e adora um pastel de feira com muito catupiry, mesmo sendo intolerante a lactose. Encontra paz na oração e vê amor nos pequenos detalhes.